domingo, 26 de junho de 2016

COMO DETECTAR CÂNCER DO COLO DO ÚTERO 2016

 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
Detecção precoce do câncer do colo uterino 
Baseado nos estudos que mostram que todos os casos de câncer do colo uterino são causados pela infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV), a prevenção primária deste tumor deve-se relacionar à diminuição do risco de contágio por este vírus. Sabe-se que o uso de preservativos durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, o qual também pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

Existem hoje dois tipos comerciais da vacina desenvolvida para a prevenção das infecções causadas pelos HPV. Uma delas é contra os tipos de HPV 16 e 18, responsáveis por cerca de 50% dos casos de lesões pré-cancerosas e 70% dos casos de câncer do colo uterino e a outra contra os tipos de HPV 16 e 18 e também contra os tipos de HPV 6 e 11, causadores de cerca de 90% das verrugas genitais. Ambas as vacinas são eficazes e sintetizadas em laboratório e não causam a doença. O primeiro tipo de vacina é chamado quadrivalente e o segundo tipo chamado bivalente. Neste ano de 2014 o Ministério da Saúde incluiu no programa nacional de vacinação (sistema público) a vacina quadrivalente, para meninas de 11 a 13 anos. Em 2015, para meninas de 9 a 11 anos e apenas em meninas de 9 anos a partir de 2016.

A prevenção secundária do câncer de colo do útero deve abranger a detecção precoce das lesões pré-cancerosas do colo uterino (as NIC), bem como das lesões invasivas em seus estádios iniciais, tendo como objetivo final a diminuição de casos e de morte por esta doença. Atualmente os programas de prevenção incluem repetição de exames de Papanicolau em mulheres na população em geral, com seleção das mulheres com resultados alterados para melhor investigação com outros exames.

O exame de Papanicolau é uma arma poderosa na descoberta das lesões cancerosas e pré-cancerosas do colo uterino e baseia-se na retirada de células do colo uterino. Realiza-se este exame por meio da colocação do espéculo (“bico de pato”) seguida de raspagem do colo uterino com uma espátula de madeira ou plástico e também com uma pequena escova. Estas células são espalhadas em uma lâmina de vidro sendo a mesma enviada para o laboratório. Segundo o Ministério da Saúde, o início da coleta deste exame deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram atividade sexual.

Mulheres virgens não devem colher Papanicolau, bem como aquelas que retiraram o útero e o colo do útero (histerectomia total) em casos de doenças benignas. A coleta deve ser realizada até os 64 anos e ser interrompida quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos seguidos nos últimos cinco anos. Em todas as mulheres devem-se realizar controles a cada três anos após dois exames negativos, com intervalo de um ano. Essas regras não se aplicam a mulheres com história anterior de tratamento por lesões pré-cancerosas e do câncer do colo uterino, bem como para aquelas com imunossupressão (diminuição da imunidade). (INCA, 2011).
 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

Coleta de exame de Papanicolau
Quando o resultado do exame de Papanicolau mostrar-se com células anormais (existem diferentes graus de alterações das células do colo do útero), há maior chance de se transformarem em células cancerosas. O médico então deve realizar ou solicitar uma colposcopia, que é um exame que permite a visualização do colo uterino por meio de um instrumento chamado colposcópio, similar a um microscópio (binóculo), que aumenta a imagem. Ele então removerá pequenos pedaços de tecido (biopsia) quando este se mostrar com alterações e encaminhará ao laboratório para análise. Mediante o resultado desta biopsia, o médico definirá o grau da doença e o tratamento a ser realizado.
 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

Exame de colposcopia
Nos últimos anos tem se realizado nas mulheres da população em geral, um exame que pesquisa o DNA do HPV dos tipos cancerígenos, que é coletado igual ao exame de Papanicolau. Como todos os casos de câncer do colo uterino são causados pela presença destes vírus, este exame descobre mulheres que carregam o HPV, mesmo antes de manifestarem a doença, e que estão em maior risco para desenvolver o câncer. Atualmente este teste é indicado em mulheres acima de 30 anos, associado ao Papanicolau; assim, a descoberta das lesões pré-cancerosas torna-se mais precoce.

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